Blog da Pastora Lêda Santana: Música Gospel agora é manifestação cultural?

A Presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei que reconhece a música gospel com manifestação cultural no dia 10/01/12, e eu como ministra de louvor que tem uma música gravada em CD, e também compositora, não vejo muitos motivos para comemorar, a não ser o fato de reduzir a resistência de algumas pessoas quando for sugerido esse estilo musical para alguma ocasião específica. Teremos um argumento: é cultura!

Sinto que as músicas que servem para adorar a Deus estão ganhando outra conotação: diversão, apreciação, sentimentalismo, valorização humana. Agora está mais fácil profanar canções de louvor, coisa que já vem acontecendo há algum tempo, e mais intensificadamente com a inserção da música gospel na Rede Globo.
Sagrado é tudo aquilo que é consagrado a Deus, como os templos, os utensílios utilizados no culto a Deus, os louvores entoados para Sua exaltação, entre outras coisas, e principalmente as pessoas que têm sua vida no altar. Profanar é violar o sagrado, tratando com desprezo, dando pouca importância, ofendendo, ferindo os princípios estabelecidos, fazendo uso inadequado. É o que vem acontecendo quando um artista gospel que se considera adorador vai no palco ímpio e se apresenta como artista secular, inclusive com direito a dançarinas acompanhando.
Não tenho nada contra a apresentação de cantores evangélicos em programas seculares, desde que não perca de vista seu papel de brilhar como luz do mundo, e de ser adorador por excelência. Temo que a música gospel caia no descrédito e deixe de ter seu sentido original, não chegando mais ao Trono de Deus e nem tocando mais no coração dos descrentes. Vejam o que encontrei na internet:

"Os crentes desceram o porrete na mistureba em especial na forma como Luciano Huck apresentou o programa:

“Desta vez, temos o sagrado e o profano, a babel das religiões, passando pelo funk carioca, o axé da Bahia e as atrações evangélicas”, disse Huck ao anunciar a cantora Ana Paula Valadão."

Bem, com a lei sancionada, se já estava claro de que a música gospel na TV não é evangelização, agora tem explicação legal: É MANIFESTAÇÃO CULTURAL!!! E agora, ministros de louvor? Tenham muito cuidado com o a escolha do repertório para realizar o louvor congregacional! Precisamos ser radicais nisso para não profanarmos o altar: percebeu que a canção não é mais sagrada, elimine-a de sua lista!